terça-feira, 18 de outubro de 2011

Eu também queria saber o que escrever. Começo com um sopro. A lembrança. O que ficou. Escrevo.

Além das vontades e da saudade que se acumulou sobre o silêncio desses dias, eu te digo: você faz falta. Faz. Falta do que sou quando estou contigo. De me saber mais quando estás. Colo, abraço, você.

Carinho no cabelo, no rosto, o cuidado comigo. Do entrelaço das tuas mãos a procura da outra parte que encaixa. Do olhar, zelo, palavra tua. Sabor agridoce. Sensibilidade que enfeita e colore em vestir azul do que fomos. Maciez.

Ausência tua ainda reflete nas partes que ficaram. No que foi vivido, sentido, falado, silenciado. Em nós. A poesia dos dois em um. Teu carinho e teus olhos que insistiam em entrar fundo nos meus. Reflexo, canção e o desejo de 'todas aquelas coisas boas'. Desejo sim, que nossas palavras possam somar doçuras e diluir o amargo que se fez desde então. Por isso escrevo.

Que você volte junto com a inteireza que sempre foi. Que a gente volte a ser dois.
Moço, eu escrevo porque o incenso e os poemas primaveris tão nossos, amaciam ainda mais esse sentir. É quando me faço flor e te acolho aqui.
 
[Bibiana Benites]

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